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segunda-feira, 9 de abril de 2012

(Filosofia Moral) Ética - Parte 02


Moral e liberdade

  • Consciência: Permite o desenvolvimento do saber e da racionalidade que se empenha em separar o falso do verdadeiro
  • Consciência moral: Observar a própria conduta e formular juízos sobre os atos passados, presentes e as intensões futuras
  • Depois de julgar, os seres humanos têm condições de escolher seu próprio caminho na vida.
  • Liberdade: É a possibilidade que os seres humanos têm de escolher seu caminho, construir sua maneira de ser e sua história
  • Consciência moral e liberdade estão intimamente relacionadas
  • Só tem sentido julgar moralmente a ação de uma pessoa se essa foi praticada em liberdade
  • Quando não se tem escolha (liberdade) é impossível decidir entre o bem e o mal (consciência moral) e por isso não podemos jugar moralmente o individuo. Exemplo: o pai de um filho sequestrado que cumpre as ordens de um sequestrador
  • Ou seja: SÓ HÁ LIBERDADE MORAL QUANDO EXISTE LIBERDADE PESSOAL
  • Porém, quando livres, fazemos uma escolha e somos inteiramente responsáveis pelo que praticamos e podemos ser julgados moralmente por isso
  • Responsabilidade: estar em condições de responder pelos atos praticados, isto é, de justificá-los e assumi-los 

Virtude X Vício:  liberdade com ou sem responsabilidade

"O bem é a afirmação da vida, o desenvolvimento das capacidades dos homens. A virtude consiste em assumir a responsabilidade pela sua própria existência. O mal constitui a mutilação das capacidades dos homens; o vício reside na irresponsabilidade perante si mesmo." Erich Fromm

  • Virtude: prática constante do bem, correspondendo ao uso da liberdade com responsabilidade moral. São consideradas virtudes: polidez, fidelidade, prudência, justiça, coragem, generosidade, etc.
  • Vício: Se opõe a virtude e consiste na prática do mal, correspondendo ao uso da liberdade sem responsabilidade. São considerados vícios: violência, infidelidade, insensatez, injustiça, covardia, mesquinharia, etc.

Liberdade X Determinismo



  • Somos realmente livres para decidir?
  • Se formos, que liberdade é essa?
  • Podemos sintetizar três respostas diferentes para essas perguntas:

1 - A ênfase no determinismo

  • A liberdade não existe, pois somos determinados, seja por sua natureza biológica (necessidades e instintos), seja por sua natureza histórico-social (leis, normas, costumes)
  • Assim sendo, as ações individuais seriam causadas e determinadas por fatores naturais ou por constrangimentos sociais
  • A liberdade seria penas uma ilusão
  • Exemplo de pensadores: Helvetius (1715 - 1771) e Holbach (1723 - 1789)

2 - A ênfase na liberdade

  • O homem é sempre livre
  • Por mais que os pensadores dessa tese assumam que existem uma serie de determinações, eles sustentam a tese de que o individuo possui uma liberdade moral que está acima dessas determinações
  • Autodeterminação: Apesar de todos os fatores sociais e subjetivos que atuam sobre cada individuo, ele sempre possui uma possibilidade de escolha e pode agir livremente a partir dela 
  • Exemplo de pensador: Jean-Paul Sartre

"O homem está condenado a ser livre" Jean-Paul Sartre

3 - A dialética entre a liberdade e o determinismo

  • |O homem é determinado e livre ao mesmo tempo
  • Segundo essa linha de pensamento, determinismo e liberdade não se excluem
  • Assim sendo, não faria sentido pensar em uma liberdade absoluta e nem em uma negação da liberdade
  • Embora a nossa liberdade seja restringida por fatores deterministas, podemos sempre atuar no sentido de alargar as possibilidades dessa liberdade, e isso será tanto mais eficiente quanto maior for a nossa consciência a respeito desses fatores
  • A liberdade é a compreensão da necessidade (os determinismos) 
  • Exemplo de pensador: Espinosa, Hegel e Marx

Fonte:

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: História e grandes temas. São Paulo, Saraiva,  2006


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