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domingo, 17 de maio de 2020

[FIlosofia] DAVID HUME E AS DÚVIDAS CÉTICAS A CERCA DO CONHECIMENTO - 3º ANO


David Hume (1711 - 1776)
A ORIGEM OU FONTE DO CONHECIMENTO
 Empirismo é uma teoria que defende que a mente humana, antes de nascer, não tem qualquer tipo de ideia, tal como uma página branca.
Segundo o empirismo, essa página branca vai ser depois preenchida com essas ideias que advém da nossa experiencia de vida, e que depois ficam na nossa consciência.

Considera que a experiencia é o ponto de partida e o limite do conhecimento.
Assim, antes do contacto sensorial com o objeto não há possibilidade de representação.
Se o conteúdo das ideias é obrigatoriedade a matéria sensível, então não existem ideias inatas.

Hume realizou uma investigação sobre a origem, possibilidade e limites do conhecimento.
Este autor pensa que a capacidade cognitiva da razão humana é limitada e que não existe nenhum fundamento objetivo para o conhecimento.

O empirismo de David Hume opõe-se ao racionalismo de Descartes. 
Segundo Hume, todo o conhecimento deriva da experiência.
Para este filósofo escocês, todas as nossas ideias têm origem nas impressões dos sentidos.
 
NOÇÕES BÁSICAS
1 - Segundo Hume, o conhecimento é constituído por impressões e ideias.
2 - As impressões englobam as sensações, as emoções e as paixões.
3 - As impressões possuem um elevado grau de força e vivacidade, porque correspondem a uma experiência presente ou atual.
4 -  As impressões são a base, a origem, o ponto de partida dos conhecimentos.
5 - As ideias são as representações ou imagens das impressões no pensamento.
6 - As ideias são memórias ou imagens enfraquecidas das impressões no pensamento.
7 - As ideias são menos vivas e intensas do que as impressões, já que estas são a causa das ideias.
8 - Não pode existir ideia sem uma impressão prévia.
9 - Não há conhecimento fora dos limites impostos pelas impressões.
 

IMPRESSÕES E IDEIAS
- Para Hume, o conhecimento de relação de ideias consiste em estabelecer relações entre as ideias que fazem parte de uma afirmação ou de um pensamento.

Podemos relacionar ideias sem recorrer à experiência, embora todas as ideias derivem das impressões sensíveis.
O conhecimento de relações de ideias é independente dos factos e, segundo Hume, não nos dá novas informações.
Este tipo de conhecimento está principalmente ligado à lógica e à matemática.
Trata-se de um conhecimento que relaciona conceitos ou ideias e que se baseia no princípio de não contradição.

Segundo Hume, o conhecimento humano também se refere a fatos, à experiência.
Este conhecimento relativo aos fatos baseia-se na experiência sensível e nos é proporcionado pelas nossas impressões.
O conhecimento de fatos não se baseia no princípio de não contradição, já que é possível afirmar o contrário de um fato.
A verdade ou falsidade de um conhecimento de fatos só pode ser determinada através do confronto com a experiência, isto é, a posteriori.


OS TIPOS DE CONHECIMENTO: CONHECIMENTO DE RELAÇOES DE IDEIAS E CONHECIMENTO DE FACTOS
Hume diz-nos que todas as ideias derivam de impressões sensíveis.
Assim, do que não há impressão sensível não há conhecimento.
Deste modo, não podemos dizer que tenhamos conhecimento a priori da causa de um acontecimento, ou de um fato.

Embora tendo consciência da importância que o princípio de causalidade teve na história, Hume vai submetê-la a uma crítica rigorosa.
Segundo David Hume, o nosso conhecimento dos fatos restringe-se às impressões atuais e às recordações de impressões passadas.
Assim, se não dispomos de impressões relativas ao que acontecerá no futuro, também não possuímos o conhecimento dos fatos futuros.
Não podemos dizer o que acontece no futuro porque um fato futuro ainda não aconteceu.


O PROBLEMA DA CAUSALIDADE
Contudo, há muitos factos que esperamos que se verifiquem no futuro. Por exemplo, esperamos que um papel se queime se o atirarmos ao fogo.
Esta certeza que julgamos ter (que o papel se queima), tem por base a noção de causa (nós realizamos uma inferência causal), ou seja, atribuímos ao fogo a causa de o papel se queimar.
Hume afirma que só a partir da experiência é que se pode conhecer a relação entre a causa e o efeito.

Para o autor escocês, não se pode ultrapassar o que a experiência nos permite.
A experiência é, pois, a única fonte de validade dos conhecimentos de fatos.
Quer dizer que só podemos ter um conhecimento a posteriori.
A única coisa que sabemos é que entre dois fenômenos se verificou, no passado, uma sucessão constante, ou seja, que a seguir a um determinado facto ocorreu sempre um mesmo fato.

Para D. Hume, é o hábito que nos leva a inferir uma relação de causa e efeito entre dois fenômenos.
Se no passado ocorreu sempre um determinado fato a seguir a outro, então nós esperamos que no presente e no futuro também ocorra assim.
O hábito e o costume permitem-nos partir de experiências passadas e presentes em direção ao futuro.
Por isso, o nosso conhecimento de fatos futuros não é um conhecimento rigoroso, é apenas uma convicção que se baseia num princípio psicológico: o hábito.

O hábito é, no entanto, um guia importante na vida prática e no dia-a-dia.
Uma vez que ainda não vivemos o futuro, o hábito permite-nos esperar o que poderá acontecer e leva-nos a ter prudência e cuidado, ou boas expectativas.
Enquanto seres humanos, temos vontade (e adaptamo-nos à ideia) de que o futuro seja previsível e, portanto, controlável.

CONCLUSÕES DE HUME
Para Hume, é o hábito que nos leva a inferir uma relação de causa e efeito entre 2 fenômenos.
Se no passado ocorreu sempre um determinado facto a seguir a outro, então nós esperamos que no presente e no futuro também ocorra assim.
O hábito e o costume permitem-nos partir de experiencias passadas e presentes em direção ao futuro. Por isso, o nosso conhecimento de factos futuros não é um conhecimento rigoroso, é apenas uma convicção que se baseia num princípio psicológico: o hábito.
O hábito é, no entanto, um guia importante na vida prática e no dia-a-dia. Uma vez que ainda não vivemos no futuro, o hábito permite-nos esperar o que nos poderá acontecer e leva-nos a ter prudência e cuidado, ou boas expetativas.
Enquanto seres humanos, temos vontade (e adaptamo-nos à ideia) de que o futuro seja previsível e, portanto, controlável



Fonte: David Hume e o Empirismo. Pesquisa de Andreia Macedo, Joana Rodrigues e Rui Rodrigues, 11ºB

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