- A mineração no Brasil iniciou-se no século XVIII. No geral ela caracterizou-se pela mobilidade social, fortalecimento do mercado consumidor interno e por ideias e emancipação politica do domínio português
ATIVIDADE MINERADORA
MOTIVOS
- Declínio da economia açucareira da região centro-oeste
- Expansão bandeirante no final do século XVII
- Descoberta de ouro na região das Minas Gerais
- Perda das rotas com as Índias para holandeses e ingleses
CONSEQUÊNCIAS
- Crescimento demográfico
- Crescimento do mercado interno
- Mudança do eixo econômico da vida colonial do nordeste para o centro sul
- Transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro
- Mobilidade social (ex.: aumento de alforrias)
FORMAS DE EXPLORAÇÃO
- Lavras - grandes escavações baseadas na mão de obra escrava
- Garimpagem
FORMAS DE CONTROLE
Antigo prédio da Intendência de diamantina, nas Minas Gerais |
- Intendência das Minas - responsável pelo controle da exploração aurífera, distribuição das datas¹ e cobrança do quinto².
- Casa de Fundição - Na Casa de Fundição, o ouro extraído era transformado em barras que levavam o brasão da Coroa Portuguesa. Só poderia circular pela colonia o ouro que estivesse em forma de barra e com o brasão da Coroa Portuguesa. Com isso, procuravam evitar o contrabando de ouro.
- Cobrança da Derrama (imposto atrasado)
- Forte fiscalismo português
¹ O descobrimento das jazidas era obrigatoriamente comunicado ao superintendente da capitania que requisitava os funcionários (guarda-mores) para que fosse feita a demarcação das datas, lotes que seriam posteriormente distribuídos entre os mineradores presentes. O minerador que havia descoberto a jazida tinha o direito de escolher as duas primeiras datas, enquanto que o guarda-mor escolhia uma outra para a Fazenda Real, que depois a vendia em leilão. Em geral, os territórios auríferos eram divididos em datas, e eram lotes de terra onde a extração era especificamente limitada. A doação de novas datas só acontecia assim que uma data era completamente esgotada. Por meio desse sistema, os portugueses visavam aperfeiçoar o controle sobre a extração.
² O quinto foi uma primeira modalidade de arrecadação onde vinte por cento do ouro, da prata e dos diamantes recolhidos deveria ser repassado à Coroa.
"Entraram nas Comarcas os soldados, e entraram a gemer os tristes povos; uns tiram os brinquinhos das orelhas das filhas e mulheres; outros vendem as escravas já velhas que os criaram, por menos duas partes do seu preço"
Cartas chilenas, autoria atribuída a Tomás Antonio Gonzaga
- O Tratado de Methuen¹ de 1703 (tratados de panos e vinhos) inibiu o desenvolvimento da industria colonial
- As riquezas brasileiras serviram para o desenvolvimento do capitalismo europeu
¹ Ficou conhecido como Tratado de Methuen, ou tratado de Panos e Vinhos, um acordo entre Portugal e Inglaterra vigente entre 1703 e 1836 e que envolvia a troca entre os produtos têxteis ingleses e o vinho português. Seu nome é uma referência ao embaixador britânico que dirigiu as respectivas negociações. O tratado é muitas vezes mencionado como um dos fatores de supressão da indústria portuguesa e consequente atrelamento da economia do país à britânica, levando em última instância a economia portuguesa a uma estagnação. Aliás, uma das principais consequências deste tratado foi o abandono da política de fomento industrial do conde de Ericeira.
CRISE PORTUGUESA E REFORÇO NO PACTO COLONIAL
FATORES
- Declínio do açúcar
- Luta contra a Espanha
- Reforço do Pacto Colonial e das práticas mercantilistas
- Intensificação das cobranças (derramas)
ADMINISTRAÇÃO DO MARQUÊS DE POMBAL (1750-1777)
Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de Pombal |
- Influenciado pelas ideias iluministas
- Extinção da escravidão indígena
- Transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro
- Extinção das capitanias hereditárias
- Estimulo ao comércio e a manufatura
OS CONFRONTOS COLONIAIS: ALGUNS DESTAQUES
REVOLTA DE BECKMAN (1684) - MARANHÃO
- Liderados pelos irmãos Beckman
- Produção de algodão e drogas do sertão (cacau e baunilha)
- Problemas com mão de obra negra africana
- Abastecimento de produtos (azeite de oliva, sal, etc.)
- Problemas com o monopólio da CIA do Comércio do Maranhão
- NÃO VISAVAM A INDEPENDÊNCIA NACIONAL
- Leia mais sobre a Revolta de Beckman clicando aqui
GUERRA DOS EMBOABAS (1709-1710) - MINAS GERAIS
- Lutas por regiões de mineração
- Bandeirantes versus Emboabas
- Vitoria dos Emboabas (portugueses e colonos de fora de São Paulo)
- O governo estabeleceu uma política de equilíbrio
- NÃO VISAVAM A INDEPENDÊNCIA NACIONAL
- Leia mais sobre a Guerra dos Emboabas clicando aqui
GUERRA DOS MASCATES (1709-1710) - PERNAMBUCO
- Senhores de Engenho versus comerciantes portugueses
- Perda da autonomia dos senhores de engenho
- Crise açucareira (concorrência com o açúcar das Antilhas Holandesas)
- Senhores Devedores versus Comerciantes Credores
- Olinda versus Recife
- Independência do Recife
- NÃO VISAVAM A INDEPENDÊNCIA NACIONAL
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REVOLTA FELIPE DE VILA RICA OU FELIPE DOS SANTOS (1720) - MINAS GERAIS
- Reação contra o fiscalismo português com a criação das Casas de Fundição
- Casas de Fundição - eram locais onde o ouro era transformado em barras que levavam o selo real. No ato da fundição já seria cobrado o quinto.
- NÃO VISAVAM A INDEPENDÊNCIA NACIONAL
- Leia mais sobre a Revolta Felipe dos Santos clicando aqui
- Um dos seus objetivos era por fim ao absolutismo
- Eram sociedades secretas que influenciaram os movimentos anticoloniais
- O termo vem do tempo da baixa idade média e que no francês significa "pedreiros livres"
- Tinham suas ideias próximas das ideias dos iluminismo
- Atuavam no campo politico
BIBLIOGRAFIA:
VINCENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. Historia Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2010.
VINCENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. Historia Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2010.
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