domingo, 21 de novembro de 2010

[Opinião] HOMEM REALMENTE NÃO PRESTA?

Interesseira
     Não queria levantar discursos sexistas no meu blog, mas se faz necessário que os pingos sejam colocados sobre os is. Não sei das conseqüências desse post, e nem me preocupo com isso. O que sei é que me servira como desabafo e fará com que eu me sinta melhor.
     Esperei que o tempo passasse um pouco para que então eu pudesse, da forma mais lúcida que me é possível, dissecar a seguinte afirmação:

“Os homens são todos iguais”

     Não o são, de fato. Isso é generalização, e toda generalização é burra. E quando fazem tal afirmação, as mulheres burramente o fazem de forma pejorativa, alegando que nenhum homem presta.
     Tenho muitos amigos, disso não posso reclamar. Alguns eu conheci na infância, outros, conheci nos percursos retos e tortuosos da vida.
Não serei cínico, e devo reconhecer o dom que alguns deles possuem para serem cafajestes. A esses chamarei de “Clube dos Cafajestes”. Devo reconhecer, também, o dom inato que outros possuem para tratar uma mulher com fineza e zelo. A esses chamarei de “Clube dos Trouxas”, do qual, até recentemente, eu fazia parte.
     Não falarei aqui sobre amor, pois ambos amam, cada grupo do seu jeito. O que eu quero explanar, e deixar bem claro, longe do cinismo típico de quem faz a tal generalização anteriormente citada, é sobre que tipo de homem essas mulheres realmente gostam.
Primeiro, façamos uma abordagem sobre o “Clube dos Cafajestes”: são poligâmicos, mentirosos e egoístas. Eles até tem consideração por suas parceiras, mas, mesmo que posteriormente sintam remorso, priorizam suas próprias vontades, deixando as de sua parceira de lado. Saem com outras mulheres alegando que a carne é fraca, nunca perdendo um bom rabo de saia. São possuidores de aptidão para dobrar mulheres (por vezes a ponto de deixá-las de quatro) com suas falácias rasas, previsíveis e decoradas. Suas parceiras sofrem com as atitudes deles, porem são as mais apaixonadas. Garanto-lhes que, para cafajeste, mulher é o que não falta.
     Quanto ao “Clube dos Trouxas”: são fiéis, dedicados, companheiros, românticos e carinhosos. Nunca deixam suas parceiras na mão e estão sempre à disposição delas quando sua presença se faz necessária. Dotados de um amor altruísta, por vezes abrem mão de seus desejos e vontades em prol dos de sua parceira. Na sua maioria, são caseiros e estão buscando mais que sexo. Não gostam de “ficar”, alegando a superficialidade do ato, dando preferência e investindo em relacionamentos que lhe pareçam prósperos. Suas respectivas parceiras, notando o quanto “trouxas” seus parceiros o são, tem por costume abusar da dedicação e da boa vontade desses, não dando o devido valor a eles, mostrando assim a face mais mesquinha e egoísta das quais algumas são possuidoras. A longo prazo, essas “parceiras” costumam terminar seus relacionamentos, alegando rotina ou algo parecido, vindo posteriormente a iniciar um novo relacionamento, agora sim, com um nobre cavalheiro, membro do “Clube dos Cafajestes”, dando inicio a um ciclo vicioso.
     Você, mulher, que alega que nenhum homem presta, lembre daquele cara legal que passou na sua vida e você não deu valor. Se você afirmar que nenhum homem na sua vida prestou, se pejorativamente reafirmar que de fato todos os homens são iguais, lembre-se dessa frase: “Diga-me com quem tu andas que eu lhe direi quem és”. Se nenhum homem prestou na sua vida, provavelmente seja pelo fato de você também não prestar. E digo mais: os homens não são todos iguais, são algumas mulheres que os moldam para que esses assumam a pior forma que conseguirem. E se as mulheres não possuem os homens que querem, ao menos essas têm o que merecem e que mais se assemelham a elas.
     Finalizando o post-desabafo, afirmo que, apesar das experiências vividas, mesmo a trancos e barrancos, mas agora como membro e sócio remido do “Clube dos Cafajestes”, continuo, teimosamente, tendo uma visão a lá Van Gogh do mundo, vendo beleza nos cantos mais sujos da vida. Ou como diria Ojuara no filme “O Homem Que Desafiou O Diabo”:

"Há beleza até na morte,
Há feiúra até na arte."

Pois é... Conviver é uma arte.

Um comentário:

Luiz Santiago (Plano Crítico) disse...

Amigo, você cercou o tema do melhor modo possível, sem condenações e se parasse por aí, seu texto já seria MUITO BOM! Mas não para. Concordo com você, embora a intensidade da vivência tenha sido diferente em nossos casos. Então, para mim, a "filhadaputice" feminina não é tão evidente, embora eu saiba e tenha visto existir.

Grande Che!

Abração, meu velho.

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