sábado, 5 de maio de 2012

(Transporte) Monotrilho da Linha 17 – Ouro [Morumbi - Aeroporto - Jabaquara] divide opiniões

  • Parte da avenida Jornalista Roberto Marinho esta interditada para obras da Linha 17 – Ouro. Trata-se de um Monotrilho que no futuro ligará a estação Jabaquara da linha 1 – Azul com o aeroporto de Congonhas, a estação Morumbi da linha 9 – Esmeralda e a estação São paulo-Morumbi na linha 4 – amarela.
  • O site G1 publicou imagens com ilustrações de como a paisagem do bairro do Morumbi será afetada com a contrução da linha 17 – Ouro do Metrô, que será por monotrilho. Linha esta que na sua primeira etapa, atende à concentração da rede hoteleira na região das avenidas Berrini e Nações Unidas, que serão ligadas ao aeroporto. A demanda desse trecho é estimada em 5 mil passageiros/dia. Já o segundo trecho, com 6,5 km, interligará o aeroporto de Congonhas à Linha 1-Azul do Metrô, na estação Jabaquara. No percurso, a Linha 17 estará conectada à Linha 5-Lilás, na futura estação Água Espraiada/Campo Belo. Já o terceiro trecho, com extensão de 3,5 km, fará conexão com a Linha 4-Amarela na estação São Paulo-Morumbi, passando pelo bairro de Paraisópolis.
Cronograma
  • O primeiro trecho a ser entregue à população será entre o Aeroporto de Congonhas e a Estação Morumbi da Linha 9-Esmeralda da CPTM (Osasco-Grajaú). 
  • Terá 7,7 quilômetros de extensão e atenderá à concentração da rede hoteleira na região, com previsão de entrega em 2014. 
  • Na sequência, a Linha 17 será conectada à Linha 5-Lilás do Metrô na Estação Campo Belo e o restante da linha. 
  • O trecho entre a estação Morumbi da CPTM e a estação São Paulo-Morumbi da Linha 4, ficará pronto até meados de 2015.

Monotrilho pode não resolver questão do trânsito, afirmam especialistas
  • Especialistas dizem que modelo em obras custa metade do metrô convencional, mas transporta um terço. 
  • A nova Linha 17-Ouro do Metrô, que será operada por monotrilho e fará a ligação do Aeroporto de Congonhas com o Morumbi, mudará a paisagem urbana das zonas Sul e Oeste, custará R$ 3,2 bilhões e correrá o risco de não melhorar o trânsito da região. A análise é de especialistas em trânsito ouvidos pelo DIÁRIO DE SÃO PAULO. Flamínio Fichmann, consultor de transportes, disse que o sistema de monotrilho custa por quilômetro um pouco mais do que a metade do metrô, mas transporta menos de um terço do volume de passageiros do sistema subterrâneo. 
  • “O sistema de monotrilho acaba custando mais por passageiro transportado e não terá nenhum efeito no trânsito da Zona Sul”, afirmou Fichmann. “Isso porque a velocidade com que a frota de automóveis cresce é mais rápida do que a capacidade do monotrilho em atrair usuários de carros. ”Sérgio Ezjemberg, também consultor de trânsito, foi mais longe e disse que não dá para entender como uma obra de baixa capacidade de transporte público custará tanto. Ezjemberg apontou ainda os problemas no trânsito já caótico da Zona Sul que as obras do monotrilho causarão. 
  • A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) informou ontem que vai interditar duas faixas de rolamento, junto ao canteiro central da Avenida Jornalista Roberto Marinho, no sentido Jabaquara, entre as ruas Princesa Isabel e Constantino de Souza, a partir das 17h de amanhã. A interdição para as obras da Linha 17 do Metrô Monotrilho tem duração prevista de sete meses. A companhia lembrou que já existe interdição de duas faixas de rolamento da Avenida Roberto Marinho, no sentido Marginal, no mesmo trecho, desde o dia 1º de abril. “Quando a obra chegar ao Morumbi será um inferno no trânsito”, disse Ezjemberg. 
  • “Se tivessem optado pelo Metrô convencional não haveria problema e poderiam transportar três vezes mais pessoas. ”O Metrô informou que está convicto de que a obra é a melhor opção para a região, já que o sistema teria um menor custo em sua adoção, ofereceria melhor inserção urbana e proporcionaria atendimento pleno da demanda da região. Segundo a estatal, por ser em uma via elevada não há necessidade de escavação de túnel nem interferências viárias. 
Monotrilho já foi alvo de ato no Morumbi
  • Cerca de 50 moradores do Morumbi, zona sul de São Paulo, protestaram contra a obra do monotrilho da Linha 17-Ouro do Metrô. O principal argumento do grupo é de que o trem suspenso a 15 metros teria efeito semelhante ao do Minhocão, na região central, e deterioraria o bairro.
  • "É melhor enobrecer a área deteriorada do que deteriorar uma área nobre", afirmou o administrador de empresas Yves Jadoul, de 49 anos, um dos manifestantes. O protesto foi marcado por uma rede social e reuniu as comunidades "Moradores do Morumbi" e "Morumbi contra o Monotrilho", às 11 horas, em frente ao Estádio do Morumbi.
  • "Queremos o metrô subterrâneo. Precisamos de transporte público de qualidade", disse Júlia Titz de Rezende, de 66 anos, presidente do Conselho de Segurança Comunitária (Conseg) do Morumbi. Para ela, o monotrilho era uma demanda para a Copa de 2014. "Como o Morumbi não será mais sede da copa, não há necessidade da construção de um transporte inferior", disse.
  • Uma das organizadoras do protesto, a diretora comercial Ana Paula Freitas, de 35 anos, alegou que o meio de transporte, com capacidade menor que a do metrô, beneficiaria apenas uma pequena parcela dos moradores da favela de Paraisópolis.
  • "Eu quero saber quem é que vai sair da Vila Andrade e descer o ladeirão para pegar o monotrilho em Paraisópolis", disse Ana Paula. Ela afirma ainda temer que o monotrilho piore a segurança. "Traz tráfico, várias coisas. A gente já está sofrendo com a situação de segurança, o monotrilho só vai piorar essa situação. E outra: e se tem uma briga de torcida lá no alto?"
  • Na semana passada, a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente concedeu a licença para o início das obras.
  • Para a construção da linha que ligará o bairro ao Jabaquara e ao Aeroporto de Congonhas, 51 imóveis serão desapropriados.
  • Terrenos em vias residenciais do Morumbi, como a Senador Otávio Mangabeira e a Doutor Flávio Américo Maurano (ao lado da comunidade de Paraisópolis), onde há casas, serão usados na obra do monotrilho. As desapropriações seguem para áreas mais ao norte, na Avenida Jorge João Saad.
  • Moradora da via, a advogada Maria Costa, de 60 anos, afirma que será uma das pessoas que terá a casa desapropriada. "Aí te pagam 80% do valor, e o resto vira precatório", disse.

Monotrilho conta com o apoio de parcela considerável da população de Paraisópolis 

  • A notícia animou quem vive em Paraisópolis:
  • “O monotrilho representa uma revolução n que diz respeito ao transporte público na nossa região. Vem atender uma demanda importante da nossa região, que é garantir a integração dos bairros à cidade de São Paulo”, afirmou Gilson Rodrigues, presidente da União dos Moradores de Paraisópolis. 
  • “O que importa é o benefício que está trazendo para a população”, disse a balconista Luanna de Melo.
  • “Não importa se o metrô será por baixo ou por cima, o que interessa é ter mais opção de transporte público”, disse o motorista Célio dos Santos, de 29 anos. 
  • “Ficará mais rápido para ir ao Centro”, ressaltou o ajudante Paulo Silva, de 28.
  •  Também encontramos o apoio de moradores das áreas mais nobres do Morumbi ao monotrilho, como podemos observar na postagem do morador da região, Laerte Russini:
Hoje recebi um e-mail de uma senhora conclamando a população do Morumbi para fazer uma manifestação contra a instalação de monotrilhos na região. Segundo essa moradora o “trem” vai perturbar o sossego e desvalorizar os imóveis, além disso, o monotrilho passaria perto das quadras de tênis prejudicando o performance dos jogadores e atrapalhando a visão da mata nativa. O que eu penso disso? Esses mesmos frescos que reclamam que o trem vai fazer barulho e não vão poder utilizar a quadra de tênis (uma outra frescura, nenhum deles sabe nada de tênis a não ser carregar a raquete quando viajam de avião pra encher o saco dos outros e tirar espaço dos bagageiros) quando vão ao exterior (comprar muambas) se gabam para os amigos depois; "em Londres só ando de metrô, é muito mais prático" e a outra; "Adoro o metrô de Paris, vou pra todo lado, Paris é mesmo a cidade luz" (a metidinha pensa que Paris é chamada cidade luz por ser bem iluminada). A espaçosa que era pobre até outro dia, e que se arranjou na vida, completa; "faço compras em todos os lugares de New York (New York assim mesmo), é tão fácil andar , na capital dos Estados Unidos usando o metrô " Queridas larguem de frescura!!!! Façam algo radical reclamando da corrupção, da falta de segurança, da roubalheira em geral, dos impostos exorbitantes. Garanto que se algum morador da região fizer parte dos esquemas das empreiteiras contratada para fazer essa obra, vai pouco se lixar se o “trenzinho” vai fazer barulho.Dona Maria! Quer um conselho? Vai pro tanque fazer hidroginástica!

Moradores do Morumbi falam dos prós e dos contras da construção do monotrilho

As novas linhas de Monotrilho
  • Assunto bem presente nos jornais e blogs que tratam da Mobilidade Urbana, é a construção de novas linhas de Monotrilho. Só na região metropolitana de São Paulo, 3 linhas estão na ordem do dia nas discussões, sendo que 2 delas já estão em obras: a extensão da Linha 2 – Verde de Vila Prudente até Cidade Tiradentes e a Linha 17 – Ouro, que vai ligar a estação Jabaquara, o aeroporto de Congonhas até a estação São Paulo – Morumbi. Ambas devem estar em operação em 2014, na suas primeiras fases. A terceira linha prevista para operação no horizonte de 2020 é a 18 – Bronze, que vai ligar a estação Tamanduateí até o bairro do Alvarenga em São Bernardo do Campo.
  • Mas, para alguns especialistas, é questionável a capacidade deste modal em comparação com o sistema sobre trilhos já existentes. De acordo com o jornal “O Estado de São Paulo” para Kazuo Nakano, arquiteto e urbanista do Instituto Pólis, a funcionalidade do projeto. “O monotrilho é usado hoje em lugares menores, como em aeroportos, não em ambiente metropolitano. Com um grande número de viagens e de passageiros, como o monotrilho vai se comportar? Se já estamos vendo um grande número de problemas nas linhas do metrô e da CPTM, como será com o monotrilho?”, questiona.
  • O Governo rebate dizendo que as novas linhas de monotrilho terão a maior capacidade do mundo. A linha 2 por exemplo, terá um carregamento de cerca de 550 mil passageiros dia, sendo que o intervalo entre as composições será de 75 segundos. O Trem do monotrilho terá 7 carros com capacidade para 1000 pessoas. Outra justificativa é o preço da obra, muito mais em conta que o Metrô convencional.

Referências

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