quinta-feira, 22 de maio de 2014

(HISTÓRIA) APOGEU E DESAGREGAÇÃO DO SISTEMA COLONIAL

- A mineração no Brasil iniciou-se no século XVIII. No geral ela caracterizou-se pela mobilidade social, fortalecimento do mercado consumidor interno e por ideias e emancipação politica do domínio português



ATIVIDADE MINERADORA

MOTIVOS

  • Declínio da economia açucareira da região centro-oeste
  • Expansão bandeirante no final do século XVII
  • Descoberta de ouro na região das Minas Gerais
  • Perda das rotas com as Índias para holandeses e ingleses

CONSEQUÊNCIAS
  • Crescimento demográfico
  • Crescimento do mercado interno
  • Mudança do eixo econômico da vida colonial do nordeste para o centro sul
  • Transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro
  • Mobilidade social (ex.: aumento de alforrias)

FORMAS DE EXPLORAÇÃO
  • Lavras - grandes escavações baseadas na mão de obra escrava
  • Garimpagem

FORMAS DE CONTROLE
Antigo prédio da Intendência de diamantina, nas Minas Gerais
  • Intendência das Minas - responsável pelo controle da exploração aurífera, distribuição das datas¹ e cobrança do quinto².
  • Casa de Fundição - Na Casa de Fundição, o ouro extraído era transformado em barras que levavam o brasão da Coroa Portuguesa. Só poderia circular pela colonia o ouro que estivesse em forma de barra e com o brasão da Coroa Portuguesa. Com isso, procuravam evitar o contrabando de ouro.
  • Cobrança da Derrama (imposto atrasado)
  • Forte fiscalismo português
¹ O descobrimento das jazidas era obrigatoriamente comunicado ao superintendente da capitania que requisitava os funcionários (guarda-mores) para que fosse feita a demarcação das datas, lotes que seriam posteriormente distribuídos entre os mineradores presentes. O minerador que havia descoberto a jazida tinha o direito de escolher as duas primeiras datas, enquanto que o guarda-mor escolhia uma outra para a Fazenda Real, que depois a vendia em leilão. Em geral, os territórios auríferos eram divididos em datas, e eram lotes de terra onde a extração era especificamente limitada. A doação de novas datas só acontecia assim que uma data era completamente esgotada. Por meio desse sistema, os portugueses visavam aperfeiçoar o controle sobre a extração.
² O quinto foi uma primeira modalidade de arrecadação onde vinte por cento do ouro, da prata e dos diamantes recolhidos deveria ser repassado à Coroa.


"Entraram nas Comarcas os soldados, e entraram a gemer os tristes povos; uns tiram os brinquinhos das orelhas das filhas e mulheres; outros vendem as escravas já velhas que os criaram, por menos duas partes do seu preço"
Cartas chilenas, autoria atribuída a Tomás Antonio Gonzaga


  • O Tratado de Methuen¹ de 1703 (tratados de panos e vinhos) inibiu o desenvolvimento da industria colonial
  • As riquezas brasileiras serviram para o desenvolvimento do capitalismo europeu

¹ Ficou conhecido como Tratado de Methuen, ou tratado de Panos e Vinhos, um acordo entre Portugal e Inglaterra vigente entre 1703 e 1836 e que envolvia a troca entre os produtos têxteis ingleses e o vinho português. Seu nome é uma referência ao embaixador britânico que dirigiu as respectivas negociações. O tratado é muitas vezes mencionado como um dos fatores de supressão da indústria portuguesa e consequente atrelamento da economia do país à britânica, levando em última instância a economia portuguesa a uma estagnação. Aliás, uma das principais consequências deste tratado foi o abandono da política de fomento industrial do conde de Ericeira.


CRISE PORTUGUESA E REFORÇO NO PACTO COLONIAL




FATORES

  • Declínio do açúcar
  • Luta contra a Espanha
  • Reforço do Pacto Colonial e das práticas mercantilistas
  • Intensificação das cobranças (derramas)



ADMINISTRAÇÃO DO MARQUÊS DE POMBAL (1750-1777)
Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de Pombal
  • Influenciado pelas ideias iluministas
  • Extinção da escravidão indígena
  • Transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro
  • Extinção das capitanias hereditárias
  • Estimulo ao comércio e a manufatura

OS CONFRONTOS COLONIAIS: ALGUNS DESTAQUES



REVOLTA DE BECKMAN (1684) - MARANHÃO
  • Liderados pelos irmãos Beckman
  • Produção de algodão e drogas do sertão (cacau e baunilha)
  • Problemas com mão de obra negra africana
  • Abastecimento de produtos (azeite de oliva, sal, etc.)
  • Problemas com o monopólio da CIA do Comércio do Maranhão
  • NÃO VISAVAM A INDEPENDÊNCIA NACIONAL
  • Leia mais sobre a Revolta de Beckman clicando aqui



GUERRA DOS EMBOABAS (1709-1710) - MINAS GERAIS
  • Lutas por regiões de mineração
  • Bandeirantes versus Emboabas
  • Vitoria dos Emboabas (portugueses e colonos de fora de São Paulo)
  • O governo estabeleceu uma política de equilíbrio
  • NÃO VISAVAM A INDEPENDÊNCIA NACIONAL
  • Leia mais sobre a Guerra dos Emboabas clicando aqui



GUERRA DOS MASCATES (1709-1710) - PERNAMBUCO
  • Senhores de Engenho versus comerciantes portugueses
  • Perda da autonomia dos senhores de engenho
  • Crise açucareira (concorrência com o açúcar das Antilhas Holandesas)
  • Senhores Devedores versus Comerciantes Credores
  • Olinda versus Recife
  • Independência do Recife
  • NÃO VISAVAM A INDEPENDÊNCIA NACIONAL
  • Leia mais sobre a Guerra dos Mascates clicando aqui



REVOLTA FELIPE DE VILA RICA OU FELIPE DOS SANTOS (1720) - MINAS GERAIS
  • Reação contra o fiscalismo português com a criação das Casas de Fundição
  • Casas de Fundição - eram locais onde o ouro era transformado em barras que levavam o selo real. No ato da fundição já seria cobrado o quinto.
  • NÃO VISAVAM A INDEPENDÊNCIA NACIONAL
  • Leia mais sobre a Revolta Felipe dos Santos clicando aqui


INFLUÊNCIA DA MAÇONARIA E DAS SOCIEDADES SECRETAS



OBJETIVO E ORIGEM DO TERMO "MAÇONARIA"
  • Um dos seus objetivos era por fim ao absolutismo
  • Eram sociedades secretas que influenciaram os movimentos anticoloniais
  • O termo vem do tempo da baixa idade média e que no francês significa "pedreiros livres"
  • Tinham suas ideias próximas das ideias dos iluminismo
  • Atuavam no campo politico

BIBLIOGRAFIA:
VINCENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. Historia Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2010.

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