domingo, 13 de maio de 2012

(História) Brasil Colônia -Parte05- A França Antártica e a Confederação dos Tamoios


O rei Francisco I, da França, contestava a divisão do mundo entre Portugal e Espanha. “Gostaria de ver o testamento de Adão” afirmou o rei, questionando a validade do Tratado de Tordesilhas. 
Na França, havia sérios conflitos entre católicos e os huguenotes (calvinistas franceses) que sofriam perseguições. 

Por isso, Nicola Durand de Villegaignon, almirante e corsário francês, idealizou uma colônia na América que pudesse acolher os huguenotes. 
O rei francês Henrique II, apesar de católico, apoiou a iniciativa. 
Essa situação era muito parecida com a que ocorria na Grã-Bretanha, onde puritanos perseguidos partiriam, em 1620, rumo à colônia inglesa na América para tentarem viver em paz.
O local escolhido para a fundação da colonia, em 1555, foi uma região do Rio de Janeiro que passou a denominar-se França Antártica. 

A França encontrou muitos problemas durante o processo:
  • a distancia da metrópole;
  • a diversidade do clima;
  • o desconhecimento detalhado da região;
  • Pouca quantidade de colonos.
Como os índios Tamoios eram rivais dos portugueses, os franceses, visando a própria sobrevivência e a sobrevivência da França Antártica, se aliaram a esses índios.
1557 - Retorno de Villegaignon à França, deixando ao seu sobrinho, Boris Lecomte, o controle da colônia.

Os portugueses tentaram uma reação contra os franceses mas o atual governador-geral, Duarte da Costa, pouco pode fazer pois:
  • a faixa litorânea era muito extensa;
  • os inimigos estavam alojados onde hoje fica o Rio de Janeiro, em ilhas muito distantes  de Salvador, sede do governo;
  • o numero de barcos e homens era insuficiente para combater o inimigo;
  • os franceses contavam com o importante apoio dos Tamoios.
Duarte da Costa foi acusado de não proteger as costas brasileiras e acabou sendo substituído por Mem de Sá. 

Mem de Sá encontrou o domínio portugueses seriamente ameaçado:
  • Invasão francesa;
  • desorganização administrativa;
  • reação de donatários contrários à centralização do poder.
Primeiras medidas tomadas por Mem de Sá:
  • Conclamou jesuítas e colonos à se unirem ao governo-geral a uma investida fracassada contra os franceses;
  • Solicitou o auxílio de Portugal em 1563 e uma expedição lhe foi enviada sob o comando de Estácio de Sá, seu sobrinho.

Estácio de Sá foi quem traçou a estrategia de ataque
  • Visando ficar perto dos franceses invasores, Estácio de Sá fundou, em 1565, o Forte de São Sebastião do Rio de Janeiro, núcleo da futura capital da colônia;
  • Ele conseguiu o apoio de Araribóia, chefe da tribo dos índios Temiminós.
!560 - O Franceses são finalmente derrotados pelos portugueses e pelos índios Temimínos.
Os Tamoios, no entanto, resistiriam até 1575.
No intuito de lutarem contra os portugueses, os índios Tamoios fundaram a Confederação dos Tamoios

  • Uma guerra entre os portugueses e os Tamoios era praticamente inevitável.
  • Os jesuítas Nóbrega e Anchieta agiram como intermediários e conseguiram evitar o pior.
  • Os índios foram isolados e vencidos, e o território estava novamente sobre o controle da coroa portuguesa.
Rodolfo Amoedo pintou “O Último Tamoio”
  • Após a vitoria contra a França Antártica, Mem de Sá pretendia retornar à Portugal, mas no caminho a frota em que viajava foi atacada por franceses, resultando na morte dele e de mais 40 jesuitas.

Referência

BARBEIRO, Heródoto; CANTELE, Bruna Renata; SCHNEEBERGER, Carlos Alberto. História: volume único para ensino médio. São Paulo: Scipione, 2004.



VINCENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2010.


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