Não queria levantar discursos sexistas no meu blog, mas se faz necessário que os pingos sejam colocados sobre os is. Não sei das conseqüências desse post, e nem me preocupo com isso. O que sei é que me servira como desabafo e fará com que eu me sinta melhor.
Esperei que o tempo passasse um pouco para que então eu pudesse, da forma mais lúcida que me é possível, dissecar a seguinte afirmação:
“Os homens são todos iguais”
Não o são, de fato. Isso é generalização, e toda generalização é burra. E quando fazem tal afirmação, as mulheres burramente o fazem de forma pejorativa, alegando que nenhum homem presta.
Tenho muitos amigos, disso não posso reclamar. Alguns eu conheci na infância, outros, conheci nos percursos retos e tortuosos da vida.
Não serei cínico, e devo reconhecer o dom que alguns deles possuem para serem cafajestes. A esses chamarei de “Clube dos Cafajestes”. Devo reconhecer, também, o dom inato que outros possuem para tratar uma mulher com fineza e zelo. A esses chamarei de “Clube dos Trouxas”, do qual, até recentemente, eu fazia parte.
Não falarei aqui sobre amor, pois ambos amam, cada grupo do seu jeito. O que eu quero explanar, e deixar bem claro, longe do cinismo típico de quem faz a tal generalização anteriormente citada, é sobre que tipo de homem essas mulheres realmente gostam.
Primeiro, façamos uma abordagem sobre o “Clube dos Cafajestes”: são poligâmicos, mentirosos e egoístas. Eles até tem consideração por suas parceiras, mas, mesmo que posteriormente sintam remorso, priorizam suas próprias vontades, deixando as de sua parceira de lado. Saem com outras mulheres alegando que a carne é fraca, nunca perdendo um bom rabo de saia. São possuidores de aptidão para dobrar mulheres (por vezes a ponto de deixá-las de quatro) com suas falácias rasas, previsíveis e decoradas. Suas parceiras sofrem com as atitudes deles, porem são as mais apaixonadas. Garanto-lhes que, para cafajeste, mulher é o que não falta.
Quanto ao “Clube dos Trouxas”: são fiéis, dedicados, companheiros, românticos e carinhosos. Nunca deixam suas parceiras na mão e estão sempre à disposição delas quando sua presença se faz necessária. Dotados de um amor altruísta, por vezes abrem mão de seus desejos e vontades em prol dos de sua parceira. Na sua maioria, são caseiros e estão buscando mais que sexo. Não gostam de “ficar”, alegando a superficialidade do ato, dando preferência e investindo em relacionamentos que lhe pareçam prósperos. Suas respectivas parceiras, notando o quanto “trouxas” seus parceiros o são, tem por costume abusar da dedicação e da boa vontade desses, não dando o devido valor a eles, mostrando assim a face mais mesquinha e egoísta das quais algumas são possuidoras. A longo prazo, essas “parceiras” costumam terminar seus relacionamentos, alegando rotina ou algo parecido, vindo posteriormente a iniciar um novo relacionamento, agora sim, com um nobre cavalheiro, membro do “Clube dos Cafajestes”, dando inicio a um ciclo vicioso.
Você, mulher, que alega que nenhum homem presta, lembre daquele cara legal que passou na sua vida e você não deu valor. Se você afirmar que nenhum homem na sua vida prestou, se pejorativamente reafirmar que de fato todos os homens são iguais, lembre-se dessa frase: “Diga-me com quem tu andas que eu lhe direi quem és”. Se nenhum homem prestou na sua vida, provavelmente seja pelo fato de você também não prestar. E digo mais: os homens não são todos iguais, são algumas mulheres que os moldam para que esses assumam a pior forma que conseguirem. E se as mulheres não possuem os homens que querem, ao menos essas têm o que merecem e que mais se assemelham a elas.
Finalizando o post-desabafo, afirmo que, apesar das experiências vividas, mesmo a trancos e barrancos, mas agora como membro e sócio remido do “Clube dos Cafajestes”, continuo, teimosamente, tendo uma visão a lá Van Gogh do mundo, vendo beleza nos cantos mais sujos da vida. Ou como diria Ojuara no filme “O Homem Que Desafiou O Diabo”:
"Há beleza até na morte,
Há feiúra até na arte."
Pois é... Conviver é uma arte.
Um comentário:
Amigo, você cercou o tema do melhor modo possível, sem condenações e se parasse por aí, seu texto já seria MUITO BOM! Mas não para. Concordo com você, embora a intensidade da vivência tenha sido diferente em nossos casos. Então, para mim, a "filhadaputice" feminina não é tão evidente, embora eu saiba e tenha visto existir.
Grande Che!
Abração, meu velho.
Postar um comentário