Este
livro foi escrito por Platão. Porém, a história se passa com Sócrates (o mestre
daquele). Sócrates tinha sido condenado à morte por envenenamento e, no dia da
execução da pena, alguns amigos foram visitá-lo. O livro trata, basicamente,
dessa conversa, onde Sócrates argumenta o motivo por estar tranquilo para a sua
morte.
Como
todos sabem, para Sócrates o corpo e a alma são coisas totalmente diferentes. O
corpo é visto como algo impuro, enquanto a alma como algo sem mácula. O filósofo
busca sofrer o mínimo de influência possível do corpo sobre sua alma (mente,
intelecto). Busca-se neutralidade. Sócrates parte do pressuposto de que a morte
é a separação entre corpo e alma. Assim, na morte o filósofo poderá
encontrar-se com a verdade, sem sofrer a influência de seu corpo corrupto. A morte,
por assim dizer, é o momento mais esperado na vida do filósofo (embora ele não apoie
o suicídio). Mas como saber se depois da morte, a alma também não morre?
Através do argumento do paradoxo, Sócrates aponta uma possibilidade.