domingo, 15 de abril de 2012

(D. Pedro II) Parte 01 - Introdução [Dom Pedro II e Pedro d'Alcântara]

Dom Pedro II do Brasil (nome completo: Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga; Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 1825 — Paris, 5 de dezembro de 1891)

Com esse post daremos início a um projeto onde conheceremos melhor a vida de Dom Pedro II, imperador do Brasil. Conheceremos sua infância de menino órfão, sua educação, sua posse, seu governo, seu amor pela arte e pelas novidades, sua familia e sua queda. Tudo isso acompanhado de explicações que nos remetem ao cotidiano do Brasil do Segundo Reinado. 
Teremos por base bibliográfica o livro "D. Pedro II" de José Murilo de Carvalho, mas não nos resumiremos a ele e acrescentaremos novos livros e autores conforme o "Projeto D. Pedro II" for evoluindo.

Desde já, considero-me suspeito ao falar de D. Pedro II, por considerá-lo o maior de todos os brasileiro, porém, tentarei ser o mais neutro que me é possivel.

Esse blog não tem como objetivo esgotar o tema. Sua finalidade é despertar nos leitores interesse  sobre o tema para que cada um, de forma autônoma, aprofunde seus estudos. 

Então, sem mais delongas, comecemos a leitura.

Introdução: Dom Pedro II e Pedro d'Alcântara

Dom Pedro II foi quem governou o Brasil por mais tempo (aproximadamente meio século). Seu governo foi marcante, onde ocorreram eventos importantes como, dentre outros, a Guerra do Paraguai e a abolição da escravidão que resultaram em mudanças marcantes na história do brasileira.

Ele não era muito dado aos rituais e tradições que o seu alto cargo monárquico exigiam. Dom Pedro II se via atras da mascara de imperador, se afogando  nos rituais monárquicos que tanto lhe chateavam. Esse homem já é bem conhecido de todos. Quem poucos conhecem é o Pedro d'Alcântara, o homem por traz dessa mascara, um apaixonado pelas artes e pelas novidades tecnológicas. Porém, Dom Pedro II não poderia ser Pedro d'Alcântara em solos tupiniquins, estava preso ao seu papel de imperador. Ele desejava ser Pedro d'Alcântara, mas só poderia sê-lo em suas viagens, em especial para a Europa. Talvez a proclamação da Republica tenha soado aos seus ouvidos como um cântico de liberdade, a sua "abolição pessoal"... Veremos.

Dom Pedro II não foi um governante marcado na história por despertar amores ou odios, mas sim por conquistar o respeito de muitos, inclusive de adversários e opositores. 

"Ele é, ainda hoje, um dos políticos mais admirados do cenário nacional, e é lembrado pela defesa à integridade da nação, ao incentivo à educação e cultura, pela defesa à abolição da escravidão e pela diplomacia e relações com personalidades internacionais, sendo considerado um príncipe filósofo por Lamartine, um neto de Marco Aurélio por Victor Hugo e um homem de ciência por Louis Pasteur. Durante todo a sua administração como imperador, o Brasil viveu um período de estabilidade e desenvolvimento econômico e grande valorização da cultura, além de utilizar o patriotismo como força de defesa à integridade nacional. Apesar de, muitas vezes, demonstrar certo desgosto pelas intensas atividades políticas, o último imperador do Brasil construiu em torno de si uma aura de simpatia e confiança entre os brasileiros." Aguinaldo Silva

Referência:
CARVALHO, José Murilo. D. Pedro II. São Paulo: Cia. das Letras, 2007. (Coleção Perfis Brasileiros)

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