quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Reflexões sobre meu eu lirico.

Meu eu lirico
Meu eu-lírico, o Sr. Kraudinho, é muito útil! Ele é capaz de trazer à tona assuntos e reflexões profundamente filosóficas que o eu-não-lírico não tem competência para! Por exemplo: quem escreve agora não é o eu-não-lírico, sou eu , o Sr Kraudinho. Prazer, o prazer foi meu. O meu eu-lirico tem capacidade de trazer a tona assuntos e reflexões que o meu eu-nao-lirico jamais teria capacidade de fazer, como por exemplo: vocês já pararam para se perguntar porque que quando a gente se machuca agente grita: ai? Nos não poderíamos simplesmente gritar: Joe? Pois é, sei que nunca pensaram sobre isso, mas o meu eu-lirico já... Meu eu-lírico não é inútil, ele cria, altera, confabula e impera. Só que ele tem um defeito, passa a maior parte do tempo refocilando em suas próprias idéias. Não as expõe, nem as regurgita, faz isso só de birra. E pra piorar passa dormindo a maior parte do tempo, mas às vezes ele acorda e nos expõe seu mundo. De todo, inútil não é. Meu eu-lirico só me fod... Pior são as pessoas, que insistem em me confundir com ele! Eu conheço muito bem o tipinho cretino do meu eu lírico, não merece confiança! Não me confundiria com ele nunca! Ruim é que as outras pessoas não têm essa percepção tão aguçada... Elas, sim, nos confundem....

Um comentário:

Anônimo disse...

Oia eu de novo...
Natureza Humana
O mesmo hipócrita que te joga papel picado quando você é vencedor; te jogará pedras quando você errar; ou mesmo, o energúmeno em questão, te enterrará e esquecerá se você um dia fracassar.
Desarticulei muitas de minhas crenças em função da literatização feita das leituras na vida, buscando nos mestres antigos do mundo filosófico, concepções adequadas ao meu sentido de vida e de convivência comunitária.
Na sociedade de hoje, temos dado grande ênfase à autenticidade. Refiro-me a colocar máscaras sobre a face de nosso “verdadeiro eu” e, ou de representar papéis que disfarçam a nossa pessoa real.
A implicação disso é que, em alguma parte aí dentro de você ou dentro de mim, esteja escondido o nosso eu real. Supostamente, esse eu aparente, é uma realidade estática ou pré-formada de nossa própria vida cotidiana.
Há momentos em que esse eu predomina e, há momentos em que me sinto compelido a camuflá-lo. Há, talvez, algumas justificativas para essa maneira de falar... Mas sabe, isso pode ser mais enganoso do que benéfico!
Na realidade, há uma pessoa real, verdadeira e fixa dentro de você ou dentro de mim. Simplesmente, porque ser uma pessoa – implica um crescimento contínuo e perene; ou seja, tornar-se pessoa/ser, é estar num processo permanente de mudança e transformação constante.
Ser uma pessoa é estar consciente do que penso, julgo, sinto, valorizo, honro, estimo, amo, detesto, temo, desejo, espero, acredito, e/ou, me comprometo. Estas são as coisas que definem a mim e a você como pessoas e, estas coisas, estão constantemente num processo de mudança interior e transformação na vida diária.
A não ser que o nosso coração e a nossa mente estejam irremediavelmente bloqueados e congelados, todas estas coisas que nos definem estão sempre mudando. Meu ser não é como um núcleo rígido dentro de mim,... que nunca muda,... ou então, como uma pequena estátua fria e fixa; pelo contrário, ser uma pessoa implica estar num processo dinâmico de transformação constante.
Em outras palavras, se você me conheceu ontem, por favor, não pense que sou a mesma pessoa que você está encontrando hoje. Experimentei quase tudo na vida..., e sempre encontrei novos sentimentos dentro de mim e, nas pessoas com quem de novo me relacionava: sofria..., amava..., dava tristeza..., mas – dava alegria também. Porém, a cada etapa que se passava era diferente e bonito o momento vivido; por isso, vivo intensamente o momento presente, com vida, amor e felicidade...
Por favor, não queira me atribuir um “valor médio”, um rótulo, um parâmetro fixo e irrevogável; porque estou sempre alerta,... aproveitando as oportunidades do dia-a-dia, para crescer,... para mudar... Porque, vergonhoso não é mudar de idéias – vergonhoso... é não ter idéias para mudar.
Aproxime-se de mim então, com um senso de descoberta; estude minha face, meus gestos, minha voz, meu olhar – e talvez, você descobrirá coisas sobre você mesmo que até então não sabia; pois, você mesmo desconhece aquilo que o espelho não revela, como por exemplo: o sentido da própria beleza e/ou a bondade que há em nós.
Afinal de contas, o ponto mais importante é este: enquanto eu não compreender a mim mesmo, não tenho base nem sequer para pensar. Toda minha busca terá sido em vão, meus sonhos serão emprestados e, vou sempre fazer minha felicidade depender da outra pessoa; ou seja, estarei me refugiando em ilusões, estarei fugindo das competições, das lutas, dos conflitos... Posso até admirar muito alguma pessoa, posso venerar ou buscar a salvação através de uma religião ou seita; mas, enquanto eu desconhecer a mim mesmo, não terei base para pensar,... para confiar,... para amar e, principalmente, ser amado...
Eu não posso dar o que não tenho – se tentar serei um blefe, um impostor, um vazio... Por isso, a minha primeira tarefa consiste, em me tornar o mais saudável, culto, belo espiritualmente, amável, original e valorizado que possa ser. Assim, posso oferecer a mim mesmo e a você uma vida inteira de verdades; jamais cacos ou escombros de falsidades do que poderia ter sido. Eu sempre digo, que toda pessoa é uma sólida montanha quando se conhece e se sente, há uma grande porção de massa quântica que se escondem em seu ser... Mas, se ela for um “iceberg”, um pedaço de nada, que aparece no oceano da vida – seu espírito flutuará no gigante mar da vida, sem rumo... fadado à imersão ou a extinção.
A escola e a educação cotidiana da vida ajudou-me muito a escolher livremente ser aberto, vulnerável ao conhecimento e, ao mesmo tempo, encouraçado as hipocrisias... Hoje, luto para deixar de lado à vontade de me impor ou de manipular pelas palavras vazias. A ser também, acessível – sem portões e sem paredes; capaz de ser encontrado, penetrado no espírito, destrancado, desbloqueado, desarmado, etc, ou seja, totalmente aberto. Buscando crescer indefinidamente para um caminho definitivo da vida. Ou seja, num constante processo de definição existencial, despreocupado – totalmente exposto à vida e a seu impacto estrondoso, porém livre..., consciente..., liberto... , nas ações e, ou nos fatos do cotidiano.
Com isso aprendo a todo o momento, ouvir a mim mesmo e aos outros de uma maneira especial; a ver que, às vezes, mesmo as pessoas crescidas, ou seja, adultas, são infinitamente infantis – pois, quando elas brincam, provocam ou estendem os braços em busca de amor e compreensão.
Aprenda você também, a apreciar o que você é e, o que você possui de belo em seu interior – não com orgulho soberbo ou vaidade mesquinha, mas com humildade e vigilância constante. O apreço de si mesmo é o anseio profundo da natureza humana, é sua auto-estima recuperada. E, no que diz respeito a apreciar aos outros, lembre-se de dar a eles flores metafóricas, cuja fragrância apreciem, sem puxa-saquismos ou bajulações hipócritas. Sob este aspecto, agradeço ao Inominável pela capacidade de extrair de suas obras lições para minha vida e, é por isso que, desde muito novo percebi e continuo buscando o sentido de sua Natureza.
Por isso, não aceito o que os atuais homens dogmáticos e detentores de suas verdades dizem ou apregoam... Verdades há, pois o Universo é vasto e a sapiência infinita e, eu as busco nas essências das grandes obras, não necessariamente nas escritas ou em reproduções microvideotelefonadas carregados de sincretismo e anacronismos religiosos, meros alienadores culturais e, ou de subjugação política-social de nossa liberdade espiritual – porém, não a minha, porque esta eu encontrei em mim mesmo...

Um abraço,
Cido

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