quarta-feira, 17 de novembro de 2010

TORCENDO PELA MINHA AVÓ.

Idosa
Enquanto escrevo nesse blog, minha avó materna, Izeme, se encontra deitada em uma cama de hospital aguardando a hora de sua operação, onde retirarão sua vesícula. Provavelmente já nessa sexta (19/11/2010) ela será operada.
      Confesso que minha relação com minha avó nem sempre foi das melhores, por culpa minha, por culpa dela. Tiveram horas que ela me faltou, sim, como avó. Tiveram horas que eu, como bom Claudio, claudiquei sim, e faltei como neto, decepcionando ela e todos que me querem bem. Isso é natural dos seres humanos, que erram, mas aprendem com seus erros. Nossa historia de vida é o que nos define hoje, e posso afirmar que hoje, minha avó e eu, somos pessoas muito melhores.
       E por falar em história, a vida da minha avó não foi nada fácil: fugindo da miséria, da seca e da falta de oportunidade que castigava e ainda castiga Pernambuco, seu estado natal, partiu para São Paulo com seis filhas a tira-colo e um “marido” com dom inato para ser um estorvo, uma tralha. Com muita dificuldade criou suas filhas e outros filhos que nasceram na capital paulista, costurando dia e noite, para que nada faltasse.
     Hoje seus filhos estão todos criados e nutrem por ela profundo amor, admiração e respeito. Sua presença é fundamental para a manutenção da paz e harmonia dessa família matriarcal. Sua presença é fundamental para a manutenção em si dessa família.
     Sempre que nos deparamos com o medo da perda de alguém notamos se ela é realmente importante para a gente. Minha avó o é. Eu estarei aqui, torcendo muito por ela. Estou aguardando ansiosamente seu retorno. Não vejo a hora de ela retornar à nossa casa, para que possamos voltar a nossa rotina e eu, mesmo de forma velada, continue questionando seus defeitos e admirando suas incontáveis qualidades.

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