Presidente Emílio Garrastazu Médici |
- Em 1969, a Junta Militar escolhe o novo presidente: o general Emílio Garrastazu Médici.
- Seu governo é considerado como o período mais repressivo de todo regime militar e ficou conhecido como “anos de chumbo”.
- O AI-5 continuava em vigor.
- A repressão à luta armada cresce e uma severa política de censura é colocada em execução.
- Jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressão artística são censuradas. Muitos professores, políticos, músicos, artistas e escritores são investigados, presos, torturados ou exilados do país.
- O DOI-CODI (Destacamento de Operações e Informações e ao Centro de Operações de Defesa Interna) atua como centro de investigação e repressão do governo militar.
- A tortura e repressão atingiram os extremos.
- O pretexto foi a intensificação da luta armada de grupos de esquerda contra o regime militar.
- Ganha força no campo a guerrilha rural, principalmente no Araguaia.
- A guerrilha do Araguaia é fortemente reprimida pelas forças militares.
LUTA ARMADA
- A luta armada no Brasil assumiu a forma de guerra de guerrilha (influenciada pela revolução cubana, pela guerra do Vietnã e a revolução chinesa).- Era o Brasil no contexto da Guerra Fria.
- Os focos de guerrilha no Brasil foram: na serra do Caparaó, em Minas Gerais.
- Um outro foco foi no vale do Ribeira, em São Paulo, chefiado pelo ex-capitão Carlos Lamarca.
- Mas o principal foco guerrilheiro foi no Araguaia, no Pará.
- Seus participantes eram ligados ao Partido Comunista do Brasil e conseguiram apoio da população local.
- O modelo teórico dos guerrilheiros seguia as propostas de Mao Tsé-tung.
- O foco, descoberto em 1972, foi destruído em 1975.
- Ao lado da guerrilha rural, desenvolveu-se também a guerrilha urbana.
- Revoltosos começaram a roubar bancos e sequestrar diplomatas estrangeiros em troca de presos políticos, esses movimentos foram severamente reprimidos.
- O principal organizador das guerrilhas urbanas foi Carlos Marighella, líder da Aliança de Libertação Nacional (ALN).
- Para combater a guerrilha urbana o governo federal sofisticou seu sistema de informação com os DOI-CODI (Destacamento de Operação e Informações-Centro de Operações de Defesa Interna), que destruíram os grupos de guerrilha da extrema esquerda.
- Os DOIs-CODIs tinham na tortura uma prática corriqueira.
- Para combater a guerrilha urbana o governo federal sofisticou seu sistema de informação com os DOI-CODI (Destacamento de Operação e Informações-Centro de Operações de Defesa Interna), que destruíram os grupos de guerrilha da extrema esquerda.
- Os DOIs-CODIs tinham na tortura uma prática corriqueira.
O "MILAGRE ECONÔMICO"
- No período do governo Médici a área econômica o país crescia rapidamente.
- Este período que vai de 1969 a 1973 ficou conhecido com a época do Milagre Econômico.
- O PIB brasileiro crescia a uma taxa de quase 12% ao ano, enquanto a inflação beirava os 18%.
- Com investimentos internos e empréstimos do exterior, o país avançou e estruturou uma base de infra-estrutura.
- Todos estes investimentos geraram milhões de empregos pelo país.
- Algumas obras consideradas faraônicas foram executadas, como a Rodovia Transamazônica e a Ponte Rio - Niterói. .
- Isso ocorria em razão do ingresso maciço de capital estrangeiro.
- Houve uma expansão do crédito, ampliando o padrão de consumo do país.
- Isso acabou gerando uma onda de ufanismo.
Propaganda ufanista durante o governo de Médici |
- Surgiram vários slogans ufanistas como “ninguém segura esse país”, “Brasil, ame-o ou deixe-o”, “este é um país que vai pra frente” entre outros.
- O regime utiliza este período de otimismo para ocultar a repressão política
- O regime aproveita-se das conquistas esportivas da década de 70, como a campanha para o tri campeonato mundial de futebol, para alienar a população, pois “por baixo do pano o pau comia”.
Médici e o capitão do tri-mundial, Carlos Alberto Torres |
- O ideólogo do “milagre” foi o economista Delfim Netto
- Delfim Netto desenvolveu seu plano econômico usando como atrativo ao capital estrangeiro as baixas taxas de juros utilizadas no mercado internacional.
- No entanto, a modernização e o crescimento econômico brasileiro não beneficiaram as camadas pobres.
- No período do “milagre” as taxas de mortalidade infantil subiram e, segundo estimativas do Banco Mundial, no ano de 1975 70 milhões de brasileiros eram desnutridos.
- Todo esse crescimento teve um custo altíssimo e a conta deveria ser paga no futuro. Os empréstimos estrangeiros geraram uma dívida externa elevada para os padrões econômicos do Brasil.
- Na área da educação é criado o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL)
- Na área da educação é criado o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL)
A OUTRA VERSÃO DA HISTÓRIA
- A história é feita de fatos, porém a História é feita de interpretações de tais fatos. É comum que tenhamos acesso somente às interpretações dos grupos de esquerda contrários à ditadura. Por justiça, veremos agora, através da fala do jornalista Olavo de Carvalho, a visão dos grupos conservadores de direita.
- Apesar de ser apontado com um dos presidentes mais mau quistos da nossa história, Emílio Garrastazu Médici atrai a simpatia de muitos grupos conservadores e muitos deles alegam que a história do Governo Médici e da Ditadura Militar como todo é contada de forma tendenciosa por grupos progressistas de esquerda.
Referências:
Livros
Livros
BARBEIRO, Heródoto; CANTELE, Bruna; SCHNEEBERGER, Carlos. História: de olho no mundo do trabalho.
BRAICK, Patrícia Ramos; MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. 4ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1991.
COTRIM, Gilberto. História e Consciência do Mundo: 2º grau. 6ª ed. São Paulo: Moderna, 2012.
BRAICK, Patrícia Ramos; MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. 4ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1991.
COTRIM, Gilberto. História e Consciência do Mundo: 2º grau. 6ª ed. São Paulo: Moderna, 2012.
VINCENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História: geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2012.
Sites
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