Em uma madrugada não muito distante, eu assistia o programa “No Caminho”, do canal “MultiShow”. Não me estenderei na descrição do programa, só falarei que ele é protagonizado por uma mulher chamada Susanna Queiróz que viaja pelo mundo visitando locais e países “exóticos”.
Pois bem, no episódio que estava sendo reprisado nessa madrugada, Susanna se encontrava em um pais no sudeste asiático chamado Bangladesh. Andando pelas ruas de uma cidade muito populosa (não me lembro bem do nome) ela deparou-se com situações bastante desagradáveis. Num dado momento, talvez motivados pela curiosidade ou pela vontade de aparecerem para as câmeras, um elevado numero de homens e crianças a rodearam e passaram a acompanhá-la em sua caminhada. Enquanto andava, alguém deu um tapa em seu bumbum, causando um misto de medo e constrangimento, expressados em sua face e em sua fala. Como se não bastasse o ocorrido, chegando a uma espécie de zona portuária para barcos de pequeno porte, Susanna deparou-se com a cena de um rapaz que se masturbava ao seu lado.
Comecei a pensar nesse episodio, a questionar a cultura e os valores morais desse local... Essa minha postura foi um tanto quanto etnocentrista, eu sei e me envergonho muito por isso. Menos mau que eu estava morrendo de sono e acabei adormecendo, sem chegar a conclusão nenhuma.
No outro dia, já na faculdade, uma colega (que não citarei o nome) direcionou-se a mim e relatou que, a algumas horas, ao seu lado, em um ponto de ônibus, no bairro de Santo Amaro, na cidade de São Paulo, em um país exótico chamado Brasil, um rapaz teria colocado as vergonhas dele para fora da calça e iniciara uma masturbação. Masturbava-se como se nada mais importasse... Masturbava-se como se não existisse o amanhã.
Pois é, amigos e amigas, se antes eu buscava entender tais episódios tendo como parâmetro descobrir fragilidades nos valores morais de determinadas culturas, hoje percebo o quanto isso está ligado a perversões de determinados indivíduos, independendo de valores, culturas ou outras papagaiadas mais.
Fazendo uso da psicologia humanista centrada no cliente, pensei nos tarados, pedófilos, exibicionistas e estupradores, e empaticamente coloquei-me no lugar deles, tentando compreender seus impulsos, seus desejos. Sabem à qual conclusão eu cheguei?
Novamente em conclusão nenhuma.
Aliás, a única conclusão que eu consegui chegar é a de que eu ainda tenho muito a aprender em psicologia.
A quem interessar, deixo o link referente ao site do programa anteriormente citado:
2 comentários:
De fato algo q para uma mulher é vergonhoso, nojento que sá repugnate...Pq acredito q a "masturbação" seja algo individual q busca o conhecimento do próprio corpo e o prazer sexual...E alguem q o faz em plena luz do dia em local publico precisa d algum tipo de tratamento psicologico ou qm sabe psiquiatrico...penso agora em algo como tratamento de choque ou lobotomia... Posso lhes garatir Sr. homens...nenhuma mulher se sente envaidecida por esse tipo de comportamento grosserio e novamente nojento!!!!
Eu, como mulher, entendo a repulsa que nos mulheres sentimos ao deparar-mos com tal situação. O cara poderia até ser boa pinta que não mudaria nada, ficariamos com medo e constrangidas. Mas se fosse o inverso, se uma linda mulher começasse a se masturbar ao lado de um homem, é bem provável que ele fosse à direção dela ou fizesse algo parecido. Só sei que medo não seria exatamente a sensação dele naquele momento. Os homens e as mulheres, no que diz respeito à forma de encarar sua sexualidade, ainda são muito diferentes.
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