quinta-feira, 10 de maio de 2012

(História) Brasil Colonia -Parte 02- A riqueza e a miséria do açúcar

  • O período compreendido de 1500 a 1530 é denominado período pré-colonial e se caracteriza pelo desinteresse português em realizar a ocupação do território brasileiro.
  • Isso se explica pelo fato de o comércio com as Índias Orientais ter se mostrado lucrativo e, também, pela constatação, narrada pelo escrivão-mor Pero Vaz de Caminha, da inexistência de ouro e prata, base da economia mercantilista em vigor na época. 
  • Não se justificava, portanto, investimento de vultosos recursos em território tão distante de Portugal.
  • No entanto, em 1530, Portugal passou a ser pressionado por outras nações que questionaram o Tratado de Tordesilhas, acordo entre os países ibéricos que determinou a divisão de territórios reconquistados ou descobertos. 




  • Tal questionamento teve por objetivo considerar dono da terra o país que efetivamente a ocupasse.
  • Para Portugal, portanto, era preciso ocupar a terra para não perdê-la, empregando um meio que fosse economicamente viável. 
  • A solução encontrada foi o sistema de Capitanias Hereditárias, que dividia a faixa litorânea em lotes horizontais. 
  • Cada capitania era entregue a um donatário, pessoa com recursos para assumir o ônus do empreendimento. 
  • Esse donatário assumia os riscos da empresa colonizadora e submetia-se às restrições monopolistas que a metrópole reservava para si.
  • O pacto colonial que determinou o monopólio político de Portugal sobre o Brasil se desdobrou em monopólio produtivo e comercial. 
  • A produção que o donatário passou a ser obrigado a desenvolver denominava-se plantation e baseava-se no latifúndio, monocultura, trabalho escravo e produção para o mercado externo.
  • O produto que iniciou  a colonização do Brasil foi a cana-de-açúcar, considerada uma especiaria na Europa. 
  • Portugal procurava transformar a colônias em um lugar mais rentável.
  • Portugal detinha a exclusividade comercial sobre o Brasil, tornando-se em pouco tempo o principal produtor mundial de açúcar de cana.
  • O cultivo da cana-de açúcar era diferente da extração do pau-brasil.
  • O primeiro aspecto que podemos apontar é o fato de plantio da cana-de-açúcar ser fruto de uma prática agrícola, enquanto a retirada do pau-brasil está relacionado ao extrativismo vegetal (eram retirados da natureza).



Para plantar, era preciso que os portugueses:
  1. Se fixassem no território
  2. Formassem povoados
  3. Construíssem engenhos de fabricação de açúcar
  4. Uso de trabalhadores permanentes
  • Era necessário conseguir trabalhadores em grande quantidade.
  • Os portugueses então adotaram o trabalho do africano escravizado.
  • Além de trabalhador, o escravo era uma mercadoria, dando lucros aos colonizadores e enriquecendo os traficantes de escravos.

Características:
  • Monocultura: Plantação de um único produto (no caso, a cana-de-açúcar)
  • Latifúndio: era um regime de propriedade agrária caracterizado pela grande concentração de terras nas mãos de poucos proprietários 
  • Mão de obra escrava
  • Exportação: os produtos produzidos na colonia visavam abastecer a metrópole. 

Monocultura + latifúndio + mão de obra escrava + produção para exportação= Plantations


  • Com o tempo teve inicio uma campanha de incentivo à vinda dos portugueses para a "Terra Brasilis"

A colônia brasileira foi uma expressão do capitalismo comercial europeu, onde se caracterizava:

  • Cultivar produtos tropicais; 
  • Produzir visando o mercado externo (metrópole); 
  • Era uma sociedade capitalista; 
  • A mão-de-obra era escrava; 
  • Desenvolvia uma economia agrária; 
  • A sociedade era patriarcal. 

Um maior fluxo de imigrantes ocorreu durante a montagem do complexo açucareiro.

Os portugueses deixavam Portugal na esperança de se tornarem proprietários de terras na colônia.

O contato dos portugueses com os nativos, a principio, deu-se exclusivamente para aproveitá-lo como mão-de-obra.

Porém, devido ao interesse do crescimento populacional e da ocupação do território, para a coroa era mais interessante que os portugueses se relacionassem com os nativos.
A união de indivíduos de etnias diferentes fez com que surgissem os mestiços:
  • Mamelucos: Filhos de brancos com índios; 
  • Mulatos: Filhos de brancos com negros; 
  • Cafuzos: filhos de negros com índios. 

No período da economia açucareira, a sociedade brasileira se polarizava em duas classes sociais antagônicas: os senhores de engenhos e os escravos.

Não havia possibilidade de mudanças sociais significativas
Também viviam nas colônias e gozavam de prestigio:
  • Autoridades; 
  • Funcionários reais; 
  • Militares graduados; 
  • Alto clero da igreja Católica;
  • Grandes comerciantes (eram donos de grande capital); 
  • Pequenos comerciantes (faziam comércios de miudezas); 
  • Profissionais liberais (bacharéis, cirurgiões, barbeiros). 

Existia também uma vasta camada de marginalizados, que não se enquadravam nos grupos citados acima e não tinham de se estabelecer ou de ficar na colônia.

Os engenhos procuravam ser autossuficiente, indo às cidades para negócios, para o embarque de açúcar e para comprar novos escravos.

Nele, tudo girava em torno da casa grande, da senzala e das unidades produtivas.


Referência
VINCENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2010.

Um comentário:

Anônimo disse...

legal obriga com isto revisei a minha prova ;)

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