- O período compreendido de 1500 a 1530 é denominado período pré-colonial e se caracteriza pelo desinteresse português em realizar a ocupação do território brasileiro.
- Isso se explica pelo fato de o comércio com as Índias Orientais ter se mostrado lucrativo e, também, pela constatação, narrada pelo escrivão-mor Pero Vaz de Caminha, da inexistência de ouro e prata, base da economia mercantilista em vigor na época.
- Não se justificava, portanto, investimento de vultosos recursos em território tão distante de Portugal.
- No entanto, em 1530, Portugal passou a ser pressionado por outras nações que questionaram o Tratado de Tordesilhas, acordo entre os países ibéricos que determinou a divisão de territórios reconquistados ou descobertos.
- Tal questionamento teve por objetivo considerar dono da terra o país que efetivamente a ocupasse.
- Para Portugal, portanto, era preciso ocupar a terra para não perdê-la, empregando um meio que fosse economicamente viável.
- A solução encontrada foi o sistema de Capitanias Hereditárias, que dividia a faixa litorânea em lotes horizontais.
- Cada capitania era entregue a um donatário, pessoa com recursos para assumir o ônus do empreendimento.
- Esse donatário assumia os riscos da empresa colonizadora e submetia-se às restrições monopolistas que a metrópole reservava para si.
- O pacto colonial que determinou o monopólio político de Portugal sobre o Brasil se desdobrou em monopólio produtivo e comercial.
- A produção que o donatário passou a ser obrigado a desenvolver denominava-se plantation e baseava-se no latifúndio, monocultura, trabalho escravo e produção para o mercado externo.
- O produto que iniciou a colonização do Brasil foi a cana-de-açúcar, considerada uma especiaria na Europa.
- Portugal procurava transformar a colônias em um lugar mais rentável.
- Portugal detinha a exclusividade comercial sobre o Brasil, tornando-se em pouco tempo o principal produtor mundial de açúcar de cana.
- O cultivo da cana-de açúcar era diferente da extração do pau-brasil.
- O primeiro aspecto que podemos apontar é o fato de plantio da cana-de-açúcar ser fruto de uma prática agrícola, enquanto a retirada do pau-brasil está relacionado ao extrativismo vegetal (eram retirados da natureza).
Para plantar, era preciso que os portugueses:
- Se fixassem no território
- Formassem povoados
- Construíssem engenhos de fabricação de açúcar
- Uso de trabalhadores permanentes
- Era necessário conseguir trabalhadores em grande quantidade.
- Os portugueses então adotaram o trabalho do africano escravizado.
- Além de trabalhador, o escravo era uma mercadoria, dando lucros aos colonizadores e enriquecendo os traficantes de escravos.
Características:
- Monocultura: Plantação de um único produto (no caso, a cana-de-açúcar)
- Latifúndio: era um regime de propriedade agrária caracterizado pela grande concentração de terras nas mãos de poucos proprietários
- Mão de obra escrava
- Exportação: os produtos produzidos na colonia visavam abastecer a metrópole.
Monocultura + latifúndio + mão de obra escrava + produção para exportação= Plantations
- Com o tempo teve inicio uma campanha de incentivo à vinda dos portugueses para a "Terra Brasilis"
A colônia brasileira foi uma expressão do capitalismo comercial europeu, onde se caracterizava:
- Cultivar produtos tropicais;
- Produzir visando o mercado externo (metrópole);
- Era uma sociedade capitalista;
- A mão-de-obra era escrava;
- Desenvolvia uma economia agrária;
- A sociedade era patriarcal.
Um maior fluxo de imigrantes ocorreu durante a montagem do complexo açucareiro.
Os portugueses deixavam Portugal na esperança de se tornarem proprietários de terras na colônia.
O contato dos portugueses com os nativos, a principio, deu-se exclusivamente para aproveitá-lo como mão-de-obra.
Porém, devido ao interesse do crescimento populacional e da ocupação do território, para a coroa era mais interessante que os portugueses se relacionassem com os nativos.
A união de indivíduos de etnias diferentes fez com que surgissem os mestiços:
No período da economia açucareira, a sociedade brasileira se polarizava em duas classes sociais antagônicas: os senhores de engenhos e os escravos.
Não havia possibilidade de mudanças sociais significativas
- Mamelucos: Filhos de brancos com índios;
- Mulatos: Filhos de brancos com negros;
- Cafuzos: filhos de negros com índios.
No período da economia açucareira, a sociedade brasileira se polarizava em duas classes sociais antagônicas: os senhores de engenhos e os escravos.
Não havia possibilidade de mudanças sociais significativas
Também viviam nas colônias e gozavam de prestigio:
Existia também uma vasta camada de marginalizados, que não se enquadravam nos grupos citados acima e não tinham de se estabelecer ou de ficar na colônia.
Os engenhos procuravam ser autossuficiente, indo às cidades para negócios, para o embarque de açúcar e para comprar novos escravos.
Nele, tudo girava em torno da casa grande, da senzala e das unidades produtivas.
- Autoridades;
- Funcionários reais;
- Militares graduados;
- Alto clero da igreja Católica;
- Grandes comerciantes (eram donos de grande capital);
- Pequenos comerciantes (faziam comércios de miudezas);
- Profissionais liberais (bacharéis, cirurgiões, barbeiros).
Existia também uma vasta camada de marginalizados, que não se enquadravam nos grupos citados acima e não tinham de se estabelecer ou de ficar na colônia.
Os engenhos procuravam ser autossuficiente, indo às cidades para negócios, para o embarque de açúcar e para comprar novos escravos.
Nele, tudo girava em torno da casa grande, da senzala e das unidades produtivas.
Referência
VINCENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2010.
Um comentário:
legal obriga com isto revisei a minha prova ;)
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