A exploração da costa: Fase de reconhecimento
- Apos o primeiro contato de Cabral, a Coroa portuguesa enviou expedições exploratórias para avaliar a potencialidade econômica do seu novo território
- 1501 - Gaspar de Lemos mapeia a costa e constatou a presença de uma arvore chamada pau-brasil ao longo do litoral
- O tronco dessa arvore contem uma resina que serve de corante para tecidos (com tonalidade variando entre o marrom e o castanho claro) e que possuía valor na Europa.
- Isso chamou a atenção da Coroa portuguesa, que acaba por criar o estanco (ou monopólio régio da exploração do pau-brasil)
- Apenas o rei de Portugal poderia autorizar, em seu proveito, a extração e a venda da madeira
Primeiro desastre ambiental da história do Brasil: desmatamento da Mata Atlântica
- A devastação da Mata Atlântica teve início com a extração do pau-brasil
- A busca por lucro levou à exploração maciça do pau-brasil, contribuindo para a devastação da Mata Atlântica no início do período colonial
- O cultivo posterior da cana-de-açúcar e do café contribuíram para diminuir ainda mais as áreas de floresta, levando o pau-brasil quase à extinção
- No século XIX, por ordem de Dom Pedro II, vastas áreas da Mata Atlântica, principalmente no Rio de Janeiro, foram recuperadas, com plantio até mesmo do pau-brasil
As feitorias e a extração do pau-brasil
Povoar... Para que?
- Como não encontraram ouro ou outros metais uteis para a metrópole mercantilista, Portugal jugou, pelo menos inicialmente, desnecessário povoar o novo território, contentando-se em explorar o pau-brasil disponível ao longo de toda costa de sua nova colonia
- A extração do pau-brasil trouxe mais expedições à costa da América do Sul
- 1513 - Permitido a qualquer português extrair a madeira, desde que pagasse um quinto, 20% dos lucros, à Coroa
As feitorias
- Os portugueses iniciaram a exploração do pau-brasil por meio de feitorias
- Eram guarnições rusticas onde alguns homens a serviço da Coroa eram o elo entre os comerciantes e os indígenas
- Os nativos extraiam e transportavam a madeira em troca de objetos desconhecidos para eles, como espelhos, facas, miçangas, foices e machados
- Ou seja, o corte e transporte pau-brasil era feito por índios em um sistema de escambo
Os degredados
- Os degredados eram condenados pela Coroa portuguesa que eram enviados para o exílio na colonia
- Os degredados eram enviados por crimes comuns e praticas de heresia, judaismo, bigamia, etc.
Povoar... É Preciso!
- A extração do pau-brasil não era tão lucrativa quanto o comercio das especiarias do oriente
- Já para alguns países da Europa, a América do Sul era muito mais próxima que a Índia, além de ser muito menos protegida por frotas de guerra e fortificações
- Dessa forma, o pau-brasil despertou o interesse de outros países europeus, principalmente da França
- França estava de olho nas terras da colônia portuguesa na América. Ela nunca aceitou o Tratado de Tordesilhas.
- As expedições francesas tornaram-se assiduas frequentadora do litoral brasileiro
- Ela retirava ilegalmente o pau-brasil e depois vendia na Europa. Isso abaixou o valor do pau-brasil devido ao excesso de oferta
- 1516 - Para proteger seus domínios e impedir o que considerava um roubo, a Coroa portuguesa passou a enviar à América, expedições guarda-costa
- De nada adiantou pois a presença francesa só aumentou
- Essa situação fez com que o governo de Dom João III (atual rei de Portugal) concluísse que deveria implantar colônias permanentes no Brasil
- Ou seja, povoar para não perder
- 1530 - Portugal decidiu criar núcleos permanentes de povoamento e iniciar atividade agrícola em seus domínios americanos, para isso mandou uma expedição comandada por Martins Afonso de Sousa.
- Em 1532, ele fundou a primeira vila portuguesa da América, a de São Vicente, no atual estado de São Paulo.
- O início das atividades de Martins Afonso de Sousa representa o início da fase colonial da História do Brasil
pau-brasil |
Fonte:
CAPELLARI, Marcos A.; NOGUEIRA, Fausto H. Gomes. História, 2º ano : ensino médio.1. Ed. São Paulo: Edições SM,2010
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