segunda-feira, 14 de outubro de 2013

(HISTÓRIA) A VOLTA DO GOVERNO GETÚLIO VARGAS [1951-1954]

Presidente Getúlio Vargas


- Em 1950, Vargas sai como candidato a presidência pelo PTB, disputando o cargo com Eduardo Gomes (UDN), Cristiano Machado (PSD) e João Mangabeira (PSB).
- Na campanha para presidente, utilizando seus atributos populistas Gegê, como era carinhosamente chamado, Getúlio Vargas consegue se eleger e voltar ao poder democraticamente, "nos braços do povo". 

“Eu volto, e volto nos braços do povo.”  Getúlio Vargas

- Apoiado pelo PSP (Partido Social Progressista) de Ademar de Barros, Vargas foi eleito presidente da República com 48,7% dos votos.
- Getúlio inovou em sua campanha política ao utilizar um "jingle" que foi extensamente divulgado pelos canais midiáticos, principalmente o rádio, fortalecendo a comunicação com as massas trabalhadoras. 
- Clique no link para ouvir : JINGLE DA CAMPANHA DE VARGAS EM 1950

- Seria nos trabalhadores que Vargas encontraria um dos pilares de sustentação do seu governo.



- Tem início um governo caracterizado pelo nacionalismo, pelo intervencionismo e por medidas populistas.
- Criação do BNDE (Banco Nacional de Desenvolvimento).
Plano Lafer (Horácio Lafer): Plano Nacional de Reaparelhamento Econômico – para organizar investimentos na indústria de base, transportes e serviços públicos.

Campanha "O petróleo é nosso"

Criação da Petrobras: Campanha "O petróleo é nosso", com o apoio de Monteiro Lobato, que culminou em 1953 com a criação da Petrobras;
- Criação da Eletrobras.
- A fim de ganhar apoio das massas, Vargas adota uma medida populista: o aumento de 100% do salário mínimo, concedido pelo Ministro do Trabalho João Goulart.

Estaríamos hoje passando por um período "neo-populista" da nossa história?

- Tais característica de governo Vargas (nacionalismo, pelo intervencionismo e medidas populistas) despertaram forte oposição dos adversários políticos.
- Começam a surgir denuncias contra o ministro João Goulart.
- Empresários nacionais, associados a capitais internacionais, financiaram a oposição ao governo através da UDN e do seu líder e governador da Guanabara Carlos Lacerda (dono da Tribuna da Imprensa).
- Carlos Lacerda denunciava supostos escândalos do governo de Vargas.

Jornalista Carlos Lacerda

- Indignado com a violência dos ataques caluniosos pela imprensa, rádio e televisão (na TV-Tupi do Rio de Janeiro) movidos por Carlos Lacerda contra seu patrão Getúlio Vargas, o chefe da guarda palaciana Gregório Fortunato, contratou dois pistoleiros para executarem Carlos Lacerda. 

Atentado da Rua Tonelero, onde Carlos Lacerda fora baleado no pé


Atentado da Rua Tonelero é o nome dado à tentativa de assassinato cometida contra o jornalista e político Carlos Lacerda.
- Na noite de 5 de agosto de 1954 quando o jornalista se aproximava do seu apartamento, na Rua Toneleiros, foi vítima de um atentado.
- As balas que mal o feriram no pé foram no entanto mortais para o major Rubens Vaz da FAB que lhe fazia informalmente o papel de segurança. 
- Imediatamente todas as evidências voltaram-se para o Palácio do Catete, sede do governo no Distrito Federal. 
- Oficiais da FAB resolveram fazer um inquérito por conta própria visto que alegavam não poder confiar na polícia de Vargas. 
- Formou-se a chamada "República do Galeão", um inquérito dirigido por integrantes da FAB a revelia das autoridades constituídas. 
- Em pouco tempo os criminosos foram detidos e Gregório Fortunato preso. 


- O poder de Vargas esvaziou-se por completo.

- Mesmo com todo o carisma que Vargas tinha e apoio popular que o mesmo dispunha, o clima do seu governo transcorreu em meio a turbulentas crises que viria a resultar no gesto fatídico do suicídio.

- Antes de suicidar-se, Vargas já estava politicamente morto.

- O suicídio de Getúlio Vargas ocorreu no dia 24 de agosto de 1954. 
- Pouco antes de morre, Getúlio vargas deixou uma emocionada Carta Testamento: 

"...saio da vida para entrar na História.

Clique aqui para ler a Carta Testamento.

Multidão acompanha o cortejo fúnebre de
Vargas no Rio de Janeiro

O povo chora pela morte do "pai dos pobres"
- A população comovida se revolta contra a oposição de G.V, queimando caminhões de jornais de anti-varguistas entre outros fatos.


Referências:

Livros

BARBEIRO, Heródoto; CANTELE, Bruna; SCHNEEBERGER, Carlos. História: de olho no mundo do trabalho.

BRAICK, Patrícia Ramos; MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. 4ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1991.

COTRIM, Gilberto. História e Consciência do Mundo: 2º grau. 6ª ed. São Paulo: Moderna, 2012. 

VINCENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História: geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2012.

Site

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