- A Inglaterra foi a pioneira na Revolução Industrial.
- As inovações tecnológicas colocaram a Inglaterra á frente das demais potencias europeias na produção de bens.
- A Inglaterra não foi sacudida por convulsões sociais, ao contrario de alguns países europeus (como a França, que passara pela Revolução Francesa).
- Porém, o Estado inglês não constituía uma democracia.
- Dominada pela aristocracia agrária e apoiada pelo clero anglicano, era a Câmara dos Lordes quem detinha grande parcela do poder.
- Centros industriais conquistaram representação no Parlamento.
- Foi feito um senso para que um maior numero de cidadãos pudessem participar do processo eleitoral.
- Aboliram a escravidão nas colonias.
- Revogaram a Lei dos Cereais.
- As reformas eleitorais excluía a participação politica dos trabalhadores
- Com essas medidas e apoiada no ritmo da expansão econômica, a burguesia industrial inglesa ascendeu ao controle do Estado.
- Os trabalhadores iniciaram um movimento exigindo aprofundamento do processo reformista.
O Cartismo
- Foi movimento da classe trabalhadora britânica para a reforma do Parlamento.
- Foi batizado de cartismo pela sua origem na carta escrita pelo radical William Lovett, em maio de 1838.
- A Revolução Industrial, durante o século XVIII, trouxe à tona um notável período de progresso material e econômico dentro do sistema capitalista.
- Ela possibilitou imprimir novas relações sociais e econômicas no meio urbano.
- Porém, essa mudança também potencializou as diferenças entre a burguesia e as classes trabalhadoras:
- O novo ambiente de trabalho e as condições de vida impostas ao operariado urbano foram responsáveis por formar uma massa de trabalhadores submetidos aos variados tipos de situações.
- Ao mesmo tempo, o inchaço urbano provocado pelo desenvolvimento do setor industrial transformou as cidades em um espaço onde a falta de higiene, as doenças e a rotina de trabalho fossem visivelmente percebidas.
- A rigidez do ambiente fabril também se transformava em outro problema social urbano.
- Os operários, visando atender a demanda de seus patrões, eram obrigados a trabalhar durante várias horas.
- A jornada de trabalho de um jovem do sexo masculino poderia chegar até dezoito horas diárias.
- O grande número de mão-de-obra disponível (desempregados) forçava o trabalhador a aceitar baixíssimas remunerações.
- Os baixos salários também promoviam a introdução dos demais membros da família para dentro do ambiente fabril.
- Mulheres e crianças trabalhavam ganhando, em média, um terço do que um homem adulto recebia pela mesma função.
- Em algumas fábricas, capatazes eram responsáveis por impor penas físicas aqueles que não cumprissem as tarefas determinadas.
- A falta de segurança também fazia da fábrica um ambiente que oferecia sérios riscos à saúde dos trabalhadores.
- Muitos deles, por não suportarem tantas condições adversas, acabavam se entregando às drogas e à prostituição.
- Nesse âmbito de tantas transformações e mazelas sofridas pelo trabalhador.
- O movimento cartista foi um dos primeiros a reivindicar a participação política do operariado e defender a criação de leis em prol da classe.
- Nascidos na Inglaterra, entre as décadas de 30 e 40 do século XIX, os cartistas exigiam a redução das jornadas e a melhoria das condições de trabalho.
- A carta continha seis principais exigências:
- O voto universal
- A igualdade entre os distritos eleitorais
- O voto pela cédula (voto secreto)
- A eleição anual
- O pagamento de salário aos membros do Parlamento
- A abolição da qualificação segundo as posses para a participação no Parlamento.
- Defendiam também o sufrágio universal masculino, a abolição das Work Houses (instituição onde os que não conseguiam trabalho eram recolhidos e obrigados a trabalhar) e a limitação da jornada de trabalho para 8 horas diárias.
- O cartismo foi o primeiro movimento tanto de classe como de caráter nacional, contra as injustiças sociais da nova ordem industrial na Grã Bretanha.
- Como as reivindicações não foram atendidas, ocorreram grandes manifestações populares.
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